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O TELUA é uma casa de rezo, cura, espiritualidade, celebração, arte, vivências e auto conhecimento.


A casa nasce de um ideal.
O fortalecimento da cultura com seus contos e cantos;
suas histórias, seus rezos, suas toadas...


Também realizamos rituais consagrando e comungando medicinas da Floresta como Ayahuasca, Rapé e Sananga.
Para que possamos assim ter a oportunidade de nos encontrar, nos conhecer, superar e lidar com nossos processos.



Seguimos a ritualística do Livre Ser...


Procuramos nos desapegar de regras, padrões, preconceitos dogmas que ferem os princípios básicos da convivência entre os seres.


Onde estamos?

R. Paulo de Faria, 176 - Vila Gustavo (Em frente ao Shopping Metrô Tucuruvi)


Saindo da catraca do Metro Tucuruvi vire a esquerda, entre no shppping.
Suba 1 lance de escada rolante e chegará a PISO L3.
Procure pela saída Lateral do Shopping. Assim que sair já verá do outro lado da rua o TELUA





Veja abaixo uma breve descrição sobre as medicinas
que utilizamos em nossa ritualísica

Ayahuasca

Ayahuasca, nome quíchua de origem inca, refere-se a uma bebida sacramental produzida a partir da decocção de duas plantas nativas da floresta amazônica: o cipó Banisteriopsis caapi (mariri ou jagube), que serve como IMAO (Os inibidores da monoamina oxidase) e folhas do arbusto Psychotria viridis (chacrona ou rainha) que contém o princípio ativo dimetiltriptamina.

É também conhecida por yagé, caapi, nixi honi xuma, hoasca, vegetal, daime, kahi, natema, pindé, dápa, mihi, vinho da alma, professor dos professores, pequena morte, entre outros. O nome mais conhecido, ayahuasca, significa “liana (cipó) dos espíritos”.

Utilizada pelos incas e também por pelo menos setenta e duas tribos indígenas diferentes da Amazônia. É utilizada em paises como Peru, Equador, Colômbia, Bolívia e Brasil.

Seu uso se expandiu pela América do Sul e outras partes do mundo com o crescimento de movimentos religiosos organizados, sendo os mais significativos o Santo Daime, a União do Vegetal, a Barquinha, além de dissidências destas e grupos (núcleos ou igrejas) independentes que o consagram em seus rituais.

Origens: A utilização de substâncias naturais que potencializam a percepção é uma prática milenar presente em várias culturas. Historicamente sabe-se que o uso de plantas de poder sempre teve a finalidade de alterar a maneira cotidiana de entender as coisas, estabelecendo uma ponte entre os homens e as suas divindades.

Diversos registros confirmam isto. Estudos indicam que os Essênios já utilizavam plantas de poder em rituais de iniciação. Os índios mexicanos e norte-americanos utilizam o cacto Peiote. Há amplos registros de uso de cogumelos pelos povos da América Central. Os registros mais antigos indicam que os Vedas, a 3.100 a.c. já praticavam rituais onde comungavam uma bebida conhecida como “Soma”. Na América do Sul temos o uso da Ayahuasca, proveniente dos Incas.

No Brasil a Ayahuasca vem sendo utilizada há milênios pelos povos indígenas da região amazônica e recentemente pela União do Vegetal e pelo Santo Daime. A proposta básica destes e de diversos outros grupos é atingir o autoconhecimento através de experiências de tipo místico-espiritual, onde por meio de visões e estados de expansão da consciência chega-se a um estado de integração total com o cosmos, com a natureza e com o Criador.

Enteógeno: A primeira vista este chá normalmente é classificado pela sociedade como ‘droga’ ou ‘alucinógeno’. Isto de forma alguma deve desmerecer a Ayahuasca ou as pessoas que dela fazem uso, melhor seria esclarecermos que de acordo com a nomenclatura científica utilizada no mundo inteiro se denomina ‘droga’ qualquer substância, de origem animal, vegetal ou mineral, que, uma vez introduzida em um organismo vivo, produz alterações de ordem fisiológica, desta forma também podemos classificar como droga o café, o açúcar, o guaraná, o chimarrão, etc. Lembramos também que muitas drogas são usadas para salvar vidas.

Porém, como socialmente se associa a palavra ‘droga’ as substâncias destrutivas e desestruturadoras, que causam dependência física e/ou psíquica, provocando desequilíbrios sociais, convém esclarecer de forma enfática que a Ayahuasca não se enquadra nesta categoria já que o uso dela não desequilibra, não causa dependência, nem destrói, muito pelo contrário, as pessoas que dela fazem uso são pessoas que buscam continuamente melhorar a si mesmas através do autoconhecimento, da evolução espiritual, e pregam a paz mundial, a harmonia entre os povos, o respeito pela natureza, etc., metas essas que só se atinge na plenitude das faculdades físicas e mentais.

Os que classificam a Ayahuasca como ‘alucinógeno’ também cometem impropriedade conceitual, segundo o antropólogo norte-americano Gordon Wasson, em entrevista à revista Globo Ciência. Ele distingue ‘estados alterados de consciência’ ou ‘alucinações’ de ‘estados ampliados de consciência’ – sendo estes alcançados com a ingestão de Ayahuasca em contexto religioso, sob a supervisão de um dirigente responsável. Para alguns pesquisadores, a classificação da Ayahuasca como “alucinógeno” é uma imprecisão, pois a mesma não causa perda do contato com a realidade – como pressupõe o termo – mas sim um grau ampliado de percepção que permite a compreensão daquela realidade com maior clareza ou transcendência.

Nesse sentido, pesquisadores da área de Etnobotânica têm proposto a classificação da Ayahuasca como “Enteógeno”, ou seja, substância que “gera uma experiência de contato com o divino”, causando uma sensação generalizada de aproximação com o Sagrado e facilitando o autoconhecimento e o aprimoramento do ser humano.

Até o momento, ninguém jamais conseguiu demonstrar qualquer afirmação negativa contra o uso ritualístico da Ayahuasca ou mesmo que contrarie o que sempre afirmamos, que a mesma utilizada em contexto religioso, é benéfica à saúde física e espiritual do ser humano.

Não se conhece um único caso de alguém dependente física ou mentalmente da Ayahuasca. Da mesma forma, não se tem conhecimento de nenhuma pessoa que, utilizando-a em rituais religiosos, sob a orientação de pessoas experientes, tenha sofrido qualquer espécie de dano. O que há habitualmente é justamente o contrário, ou seja, numerosos casos de pessoas que reestruturaram a vida familiar e profissional, a partir do uso em contexto religioso.

Consagrar Ayahuasca é se permitir, é reconhecer-se dentro de seu universo.

Rapé

O uso do rapé é ancestral e presente em diversos lugares e épocas da história. Durante a colonização do Brasil, os indígenas e pajés da floresta já faziam uso do rapé como medicina e de seu poder espiritual nos cerimoniais da tribo. Muitos europeus que vieram ao Brasil na época experimentaram o rapé.

Até hoje os pajés usam rapés antes de entrar na mata para se harmonizarem com os seres da floresta. Já os índios o utilizam como forma de ligação do seu espírito com o mundo espiritual. “Passar rapé” é o termo usado durante o ritual xamânico e a substância está sempre presente nas pajelança dos índios da região amazônica, em especial os que vivem no Acre.

Rapé é um pó fino, que ao ser inalado por meio de uma fumaça ou nuvem que se sopra, envolve o ambiente. Os índios acreditam que a aspiração desta fumaça representa absorver energia dos espíritos que acompanham o pajé, sua ancestralidade e os seres espirituais que habitam a floresta. Após aspirar ocorre uma dinâmica do índio com a energia espiritual presente.

A passagem do rapé pelo pajé em sua tribo significa que ele está enviando a sua boa energia, a energia de cura. E a fumaça que sai do o inalador do rapé, por meio de sopro do pó fino, promove uma “dança de energias”, segundo relato do cacique Busã da aldeia dos shanenawás do baixo rio Envira, Acre.

O rapé é feito de tabaco e outras ervas e cinzas de árvores. Uma vez misturado, moído é transformado em um pó fino e aromático. Ele é aspirado ou soprado pelas narinas. O tabaco xamânico não é industrializado, sendo um tabaco originado e colhido na floresta, de plantas extremamente poderosas, curativas, e que estão em seu estado original, com toda potência natural.

Receitas amazônicas apresentam diferentes ervas além do tabaco em seu composto como casca da copaíba, cumaru de cheiro (casca da cerejeira), canela-de-velho, sunum (pau-pereira), entre outras cinzas oriundas de cascas de árvores também medicinais.

Considerada uma planta poderosa, este fumo para inalar apresenta benefícios no combate à sinusite, enxaqueca. A qualidade da composição destes ingredientes no seu preparo é de suma importância para o hábito de se consumir rapé.

Alertamos para o fato de o rapé ser oferecido de forma disseminada nas redes sociais, com vendas online do produto em vários sites. É preciso ter conhecimento do preparado do produto, pois não é recomendável o uso do rapé fora do seu ambiente natural.

Sananga

“Os olhos são as janelas onde tudo o que vemos e projetamos. Tudo está lá guardado, inclusive nossa história. O espírito do sananga faz a cura expulsando todos os males da alma e da matéria.”

Essa é a explicação do objetivo da sananga relatada por Tuin Huã Kaxinawá, pajé da aldeia do Caucho do alto do rio Murú.

O espírito da sananga ou shanovo (espírito da floresta) tem como processo medicinal o refinamento da visão espiritual. Assim, a sananga possibilita enxergarmos a verdade que se encontra a nossa volta sem a nossa cegueira pessoal e limitante, permitindo visualizar e deslumbrar a beleza que existe à nossa volta.

É possível uma relação indireta e de auxílio da sananga em algumas doenças psicossomáticas, já que os olhos são nossas janelas para a percepção deste mundo. Enxergar o nosso inimigo com os olhos colabora em nossa luta diária. Assim, esta medicina natural auxilia na percepção do que ocorre em nossa volta, trazendo harmonia e consequente realização espiritual, emocional e física.

A tradição do uso da sananga pelos índios kaxinawás é de pingar uma ou duas gotas em cada olho antes de irem para a caça. Eles acreditam que a substância aguça a percepção facilitando os movimentos sutis da densa floresta, conseguindo assim, distinguir a sua caça. Além de ressaltar texturas visuais, profundidade, cores o que, dizem os índios, auxilia o instinto caçador em sua busca visual da presa dentro da floresta.

O colírio da sananga é obtido por meio da extração de um sumo de planta brejeira em forma de arbusto, chamada Tabernaemontana Sananho. Um dos princípios ativos encontrados é a Ibogaína. Para preparar o colírio são batidas as raízes do arbusto com água limpa e potável, que resultam na extração do princípio ativo da planta.

A Ibogaína provoca uma experiência psicoativa o que pode levar algumas pessoas a transes e/ou rápidas visões, chamadas de mirações por algumas tradições ayahuasqueiras. Após a aplicação, ocorre uma ardência que dura no máximo três minutos, dependendo do estado clínico do paciente e a frequência com que o indivíduo faz uso do colírio. A experiência da sananga é relatada como um momento muito especial. Após a ardência surge uma sensação de completude. É como se o indivíduo estivesse totalmente inserido em um momento atemporal, onde nada mais importa.

Algumas tribos das etnias nawas, utilizam-se da sananga para retirar a chamada panea. Panea é representada por uma forma de energia negativa acumulada que carregamos, normalmente associada ao suco gástrico do estômago, que levam ao acúmulo de todo o tipo de bactérias e doenças. Este acúmulo é originado pela ingestão de carne (que leva à putrefação no aparelho digestório e excretor), de medicamentos e de substâncias tóxicas dos alimentos que não são naturais como os da floresta. A panea pode destruir nossa resistência e saúde.

Espiritualmente e energeticamente, a sananga ajuda a limpar o canal ocular e contribui para a fluidez da percepção no chakra ajna (terceiro olho, ou visão interior). Ou seja, aumenta a percepção e visão espiritual e sensitiva. Em pessoas com sensibilidade mediúnica desenvolvida há a comprovação de expansão do campo áureo. A Ibogaína auxilia ainda no tratamento de dores crônicas e é conhecido como um forte estimulante afrodisíaco, além de facilitar processos meditativos e de introspecção.

Não se recomenda a prática do uso da sananga fora da floresta, local onde a aplicação é realizada de forma adequada durante um trabalho e ambiente apropriado voltado à evolução espiritual e, principalmente, com a orientação de um xamã.

Deve-se considerar que o organismo indígena é mais delicado e possui uma pureza de alimentação, ambiente e qualidade de vida não encontrada no ambiente dos não índios, sendo aconselhada a retirada da panea por meio de sananga pelo povo indígena.

Estudo científicos demonstram possível eficiência na aplicação da sananga, em especial nas doenças bacterianas existentes no globo ocular. Sua aplicação auxilia no tratamento ou prevenção de conjuntivite, terçol, irritações nos olhos, catarata, miopia, hipermetropia, astigmatismo, ambliopia, olho seco, fotofobia, glaucoma, catarata, ceratocone, dores de cabeça, catarro derivante de sinusite e renite. “Nossa visão fica mais precisa, clara e nítida após a aplicação”, afirma o pajé. Apesar de sua contribuição, a sananga não promove a cura de problema físicos existente nos olhos. Importante: é contraindicado seu uso após cirurgias oculares ou em caso de ferimentos ocorridos.

BENEFÍCIOS DA SANANGA:


- Limpa o terceiro olho
- Restaura o foco e a paz de espírito
- Desbloqueia, realinha e equilibra os chakras
- Aumenta a percepção visual e melhora as cores
- Aumenta nossa capacidade de perceber e ter melhor concentração
- Limpa bloqueios nos seios da face melhorando nosso olfato
- Pode auxiliar no processo de cura de uma ampla gama de problemas de saúde ocular
- Limpa e restaura a visão de longo alcance no físico, mas também em um nível espiritual
- Aumenta a visão espiritual e a consciência, permitindo-nos estar muito mais em sintonia com o que está acontecendo ao nosso redor, em vez de simplesmente confiar no que nossos olhos estão percebendo
- Estilhaça e difunde a energia escura (Panema) de todo o nosso sistema
- Limpa as energias bloqueadas nos níveis emocional, físico e espiritual
- Nos enraíza e nos fundamenta na terra e no momento presente
- Nos alinha desde o centro da terra até o centro cósmico
- Dá força às intenções, ajudando-nos a manifestar nossos desejos